sábado, 3 de setembro de 2011

LUME


Ficou deitada, contemplando, achando estranho
O tom, a cor da tarde... Algo a fez deixar o livro de lado e ir até a janela
Contemplando
uma cidade pequena
de ruas difíceis e feias casas vermelhas
Ao mesmo tempo algo incomodava
Dando o que pensar
nessas ocasiões havia nela uma faísca
Um vislumbre,
um jato de luz nos seus penetrantes olhos castanhos
Isto tanto a intrigava quanto aborrecia
Sentia quando fitava o céu uma vaga nuvem de angustia e tristeza
Devia ter sido aquele lume
Focalizado expressamente sobre ela
Não via o sol
Via o fogo!
 


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